A JdC, fundada em 1916 por Artur Augusto dos Santos, Joaquim Mendes da Costa e Artur Martins Nogueira, teve a sua génese com a constituição da empresa Jayme da Costa – Mecânica e Eletricidade S.A. inicialmente com a denominação social de “Santos, Costa & Nogueira, Lda.”. Tinha sede na Rua dos Correeiros em Lisboa, tendo mais tarde inaugurado instalações no Porto. A Empresa estava focada, sobretudo, no fabrico e comercialização de equipamento elétrico de baixa e média tensão, motores e outros equipamentos industriais.
No mesmo ano, entra para a sociedade o sócio Jayme da Costa, que viria a desempenhar um papel preponderante no desenvolvimento da sociedade e altera a denominação social para “Jayme da Costa, Limitada”.
Desde cedo que a JdC se impôs no mercado pela qualidade dos seus produtos e desenvolvimento de novas soluções, tendo sido um dos principais fornecedores na eletrificação do país. A qualidade dos seus recursos humanos foi, desde o início, um fator fundamental para o crescimento e expansão da empresa. Alguns dos manuais de instalação, operação e manutenção de equipamentos e motores elétricos, desenvolvidos internamente são, ainda nos dias de hoje, utilizados na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Até à independência das ex-províncias ultramarinas, a Empresa teve instalações fabris em Angola e Moçambique, com forte atividade nestes mercados. Após a revolução de abril de 1974, que levou à queda do anterior regime e democratização e apesar da instabilidade social, natural nestes processos, prosseguiu a sua estratégia de desenvolvimento. Continuava a ser um dos mais importantes fornecedores das companhias de eletricidade nacionais, agrupadas na atual EDP – Energias de Portugal.
No entanto, na primeira metade da década de 80, a situação económica do país era bastante gravosa. Diversos ajustamentos se tornaram necessários, inclusive a intervenção do Fundo Monetário Internacional, impondo políticas muito restritivas, quer ao nível das finanças públicas, quer ao nível do rendimento disponível das famílias.
Nesta altura, a Sociedade entrou num processo de redução progressiva do volume de negócios e da rentabilidade, acumulando prejuízos, decorrentes de uma estrutura desajustada face à atividade.
Todavia, a reorganização da Empresa tornou possível a recuperação do negócio e a retoma da atividade, alterando, em 1989, as instalações para Grijó onde se mantém até aos dias de hoje. Encetaram-se um conjunto de melhorias na linha de produtos, com o objetivo de adequar a oferta às necessidades do mercado. Iniciou-se, também, um processo de certificação de toda a gama de produtos, segundo as normas eletrotécnicas internacionais e as normas nacionais definidas pela EDP. A Empresa obteve a certificação de qualidade, segundo a norma EN NP ISO 9002, tendo sido uma das primeiras empresas do sector a consegui-lo e, em 1998, obteve a certificação segundo a norma NP EN ISO 9001 e a certificação ambiental segundo a norma NP EN ISO 14001.
Concretizou-se uma aposta na prestação de serviços, em particular em áreas onde a Empresa ao longo dos anos foi acumulando know-how. A aposta nas energias renováveis constitui um exemplo. Fruto da estratégia de expansão que envolveu a aquisição de vários estruturas empresariais, a JdC prosseguiu num processo de internacionalização através da constituição de novas filiais, em Angola e França – mercados em que desenvolveu uma vasta diversidade de projetos entre 2008 e 2018.
Recentemente a JdC vê alterada a sua estrutura acionista com a entrada da Core Capital e, em 2020, a Visabeira, o que permitirá acelerar a trajetória de crescimento.
Hoje a JdC apresenta-se como um dos principais players na área da produção de energias renováveis e da distribuição de energia em Portugal. As suas ambições incluem a expansão da atividade sistemista para a área de infraestruturas de transportes.